terça-feira, 13 de novembro de 2012

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM DUAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS ESTADUAIS DE PONTA GROSSA – DA INSTITUCIONALIZAÇÃO ATÉ A APLICAÇÃO


Introdução

Há muitos anos convive-se com o consumo em excesso. É um modelo econômico que suga os recursos naturais e expropria a mão-de-obra. Assim, crescem as críticas a este modelo e surge uma consciência de que é necessário mudanças. Um dos caminhos fundamentais para encaminhar as mudanças é a educação. Desta forma, um dos grandes desafios para as próximas décadas é incorporar de forma definitiva a Educação Ambiental (EA) dentro do ambiente escolar e conciliá-la aos processos de Educação Ambiental Não-Formal e Informal. Isto com um objetivo claro: capacitar cidadãos tornando-os aptos a participar de atividades de EA e desta forma poder contribuir para a mudança de hábitos predatórios em hábitos conservacionistas proporcionando o desenvolvimento sustentável.
Nesta pesquisa empírica, se levada em consideração o universo pesquisado de duas escolas e um número restrito de atores analisados tem-se indícios importantes em relação a EA praticada nas escolas, mas não oferece subsídio suficiente para uma discussão mais profunda em relação a soluções ou conclusões mais específicas, assim, esta pesquisa poderá ser aprofundada no futuro em novos estudos afim de obter resultados que possam subsidiar uma discussão mais incisiva sobre o tema. A proposta desse trabalho é estudar como está sendo trabalhada a EA em duas escolas públicas estaduais de Ponta Grossa, visando identificar as principais questões envolvidas na abordagem da Educação Ambiental como um processo de conscientização e mudança de hábitos dos cidadãos. Além disso, procurou-se analisar as propostas governamentais destinados à EA e a percepção tanto dos alunos como dos professores sobre o tema.
No primeiro capitulo são abordados os conceitos de EA buscando descrever a evolução dos mesmos desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, até o que existe de mais atual acerca da EA. Este evento, em 1972, foi considerado o marco inicial das discussões sobre EA, tendo em vista que foi o primeiro evento organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Como conseqüência desse evento, pode ser destacada a criação da Política Internacional de Educação Ambiental, política esta que mais tarde será implementada na Conferência de Belgrado, 1975, Ex-Iugoslávia. Nesta Conferência de Belgrado surgem preocupações referentes às influências socioeconômicas no meio ambiente, ou seja, como as questões sociais se relacionam as questões ambientais.
As conferências que seguem no texto, Tbilisi e em Moscou, são considerados eventos importantíssimos, pois neles discutiu-se a fundo formas para incorporar a EA nos ambientes escolares, sem desfazer características como a interdisciplinaridade e a transversalidade sobre o tema. Aborda-se, também, a questão das políticas públicas, pois é defendido que os governos devam legitimar a EA dentro da educação. Mas o que desperta a atenção refere-se à sugestão da capacitação dos recursos humanos que são capazes de formar opiniões sobre o tema dentro das escolas.
Contracenando com o que havia sido discutido na primeira Conferência sobre o tema em 1972, 30 anos mais tarde o Brasil sedia na cidade do Rio de Janeiro a Conferência Das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, RIO-92. Este foi o segundo evento promovido pela ONU específico sobre o tema Meio Ambiente e que mudou a linha das discussões em relação ao que foi discutido no primeiro momento, pois deixa de enfatizar somente a relação homem-natureza para se atentar à questão do desenvolvimento sustentável e a incorporação das relações sociais e as conseqüências das mesmas no meio ambiente. Porém, a discussão vai muito além disso, ela sugere formas e dá idéias para que se possa conciliar as relações sociais, o desenvolvimento dos povos com o aproveitamento sustentado do meio ambiente. Para atingir este objetivo, cria-se a Agenda 21 como meio de orientar as ações sociais que deverão ser tomadas pelos países.
Os conceitos de EA mudam com o tempo conforme as necessidades da sociedade. Mas a cerca da aplicação dento da escola, considerada por muitos um ambiente chave para o uso da EA como ferramenta para melhora do meio ambiente, muitos estudiosos avaliam que deve estar conciliada a situações vividas fora da escola. Para tal, classifica-se a EA em formal, informal e não-formal. A EA deve ser holística e integradora, e essas classificações propiciam a toda sociedade o trabalho de reflexão sobre a EA. No texto indicou-se como isso é possível dentro de cada abordagem e como podem influenciar nesta reflexão. Sendo a EA Formal trabalhada dentro do âmbito escolar e a Informal e Não-Formal sendo trabalhadas fora da escola, pelas mídias e programas ambientais promovidos respectivamente.
Como conseqüência da evolução dos conceitos, e evolução do que se sugere nos grandes eventos organizados, o Brasil vira seus olhos para a questão ambiental institucionalizando-a. O maior avanço percebido, com certeza, foi a incorporação de um capitulo sobre Meio Ambiente na Constituição de 1988. Porém, antes disso já eram desenvolvidas ações pelo governo a caminho da institucionalização do tema: como por exemplo a Política Nacional de Meio Ambiente, em 1981, que sugeria a incorporação da EA em todos os níveis de ensino. Além disso, graças a criação da Política Nacional de Educação Ambiental, em 1999, pela Lei 9795, é sugerida a aplicação de EA tanto em caráter formal quanto não formal. Para isto ser possível cabe ao MEC desenvolver e criar formas em aplicar a reflexão sobre o tema dentro da escola. O MEC por seus órgãos executivos e determinações de parâmetros a serem seguidos, inclui o tema dentro do que se chama Temas Transversais, que seriam temas de caráter urgente da sociedade que podem ser introduzidos nas discussões acerca dos conteúdos aprendidos nos livros. Assim, favorece a reflexão dos alunos sobre temas que vivenciam em seu cotidiano. Esses parâmetros orientam o trabalho desses temas de ordens sociais em sala, mas dão liberdade para os Estados incorporarem em seus currículos, de forma a adequar-se a realidade vivida. A questão da EA nas diretrizes curriculares do Estado do Paraná está incorporada nas Diretrizes Curriculares de Geografia, com o tema estruturante Dimensão Socioambiental.
A pesquisa empírica realizada nesta monografia, seguindo a linha do trabalho definida, baseou-se numa análise dos dados obtidos junto ao universo pesquisado a partir da aplicação de questionário aos professores e alunos abordando conhecimentos sobre o tema, metodologias que estão sendo utilizadas pelos professores, como os alunos vêem o que está sendo trabalhado dentro da escola e as perspectivas dos entrevistados, para os futuros trabalhos e as melhores formas na obtenção de resultados positivos em EA.
Nesta pesquisa, procurou-se acima de tudo observar em que situações estão sendo aplicados e apreendidos os assuntos relacionados ao meio ambiente e sua conservação, dentro das escolas públicas do Paraná. Além de mostrar as dificuldades e facilidades das abordagens sobre do tema.


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Obrigado. Professor Luís Guilherme 

2 comentários:

Deco Pastrana disse...

Show De Bola O Blog ! Várias Informações que Realmente Está Correta, Não Como Outros Sites de Pesquisas Que Estão Completamente Por Fora Do Conteúdo.

Deco

Professor Luis Guilherme disse...

Valeu Deco.